Como ajudar o outro impacta a sua saúde mental

Sem dúvida estamos vivendo tempos difíceis e turbulentos. Além da pandemia, observamos mudanças climáticas e ecológicas, crises financeiras e econômicas, e somos obrigados a enfrentar diversos problemas de saúde, como depressão e ansiedade, relações tóxicas, terrorismo e guerras. É exatamente nesses momentos que mais precisamos da solidariedade e pensar mais em ajudar os outros.

Quando estamos instáveis e confusos, desacreditados do outro e do mundo, é que temos de mostrar o melhor lado da natureza humana: o do amor e da compaixão. O lado que preza pelo bem comum acima do egoísmo, do individualismo e do auto centrismo. A vantagem dessa necessidade de mudança é que ser solidário não só faz bem para o outro, como também para você.

Fazer o bem, faz bem

São muitos os relatos que após uma ação generosa as pessoas se sentem aliviadas. Sentem um bem-estar geral e a autoestima melhorada. Fazer o bem nos deixa mais satisfeitos com nós mesmos e com a vida.

O autor do livro The Healing Power of Doing Good: The Health and Spiritual Benefits of Helping Others (O poder curativo de fazer o bem: os benefícios espirituais e a saúde em ajudar os outros) entrevistou mais de 3.000 voluntários para entender o bem de ser solidário para a saúde física, mental e emocional.

O autor reuniu diversos estudos sobre os benefícios proporcionados pelo altruísmo do trabalho voluntário. Ele identificou uma clara relação de causa e efeito entre ajudar os outros e ter boa saúde. Essas pesquisas concluíram que os participantes tiveram um aumento da sensação de bem-estar após realizar ações filantrópicas. E, consequentemente, apresentaram uma redução em seus níveis de estresse e melhora em seu equilíbrio emocional.

A sensação de calor no peito, energia renovada e sentimento eufórico, seguida por uma calma profunda, foi descrita por inúmeras pessoas depois de uma ação generosa. Para além disso, o resultado mais curioso da pesquisa foi o relato dos entrevistados de que, após iniciarem trabalhos voluntários, tiveram uma melhora e até desaparecimento de problemas como insônia, úlceras, dores de cabeça e nas costas, depressão, gripes e resfriados.

Alguns dos benefícios da solidariedade são:

  • Ajudar os outros contribui para a manutenção da sua saúde e pode diminuir os efeitos de doenças físicas e psicológicas;
  • A euforia sentida após um ato generoso envolve sensações físicas que liberam endorfinas e outras substâncias naturais do corpo que diminuem dores;
  • Os benefícios na saúde mental e física continuam sendo sentidos por horas e até por dias, depois do ato solidário, especialmente quando ele é lembrado com carinho;
  • Problemas ligados ao estresse são revertidos com atitudes positivas direcionadas aos outros, reduzindo sensações de depressão, fobia social, hostilidade e isolamento;
  • Ajudar o outro gera sensações de alegria profunda, resiliência emocional e vigor;
  • Um senso de otimismo e valor próprio é gerado a cada ação solidária, melhorando a autoconfiança.

Segundo pesquisas, ser voluntário com frequência gera uma sensação de alegria equivalente a se formar na faculdade ou dobrar o seu salário.

Como ajudar o outro

O principal ponto para começar é encontrar uma causa que acredite e faça sentido para você, de modo a impulsionar sua continuidade. Você pode começar a adotar pequenas atitudes no cotidiano ou fazer trabalho voluntário para alguma instituição social. Até nas suas escolhas diárias, como os alimentos que você consome e os produtos que utiliza, já é possível estabelecer ligação direta com um ato de solidariedade.

Alguns exemplos de atividades solidárias simples que podem ser incorporadas no seu cotidiano, são:

  • Dedicar seu tempo a alguém que precisa;
  • Ajudar algum familiar em uma questão prática;
  • Fazer um exercício físico em conjunto;
  • Doar roupas, alimentos, livros ou qualquer outro item para uma instituição;
  • Doar sangue;
  • Ceder o seu lugar em transportes públicos;
  • Consumir mais produtos de vendedores do seu bairro;
  • Recolher o lixo de parques ou outros ambientes que frequenta;
  • Ser doador de órgãos;
  • Visitar doentes e idosos;
  • Adotar um animal;
  • Juntar-se a grupos voluntários.

Fazer o bem, sem olhar a quem, não precisa estar relacionado com uma religião ou uma filosofia. Ajudar uns aos outros é condição primária para a vida. Precisamos nos reconectar com esse sentimento de comunidade, de doação, de cuidado com todas as pessoas, não só com quem conhecemos.

E para isso basta começar. Depois dos primeiros atos solidários já será possível notar o quanto agir pelo outro faz bem para nós, gera energia, melhora nossa saúde e impulsiona o movimento do bem pelo bem. Não podemos fazer tudo por todos, mas sempre podemos fazer algo por alguém, no pedacinho de universo que temos acesso.

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