Ainda existe um certo receio para falar sobre o suicídio. Mas, de uns tempos para cá, especialmente com a campanha Setembro Amarelo, este assunto tem sido tema de inúmeras reportagens, estudos e discussões, possibilitando que as pessoas tenham acesso às informações que contribuam para a diminuição de casos.
Afinal, o que é a Campanha Setembro Amarelo?
Dia 10 de setembro é conhecido como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Foi proposto pela Organização Mundial da Saúde em 2003, com o objetivo de incentivar ações de conscientização e prevenção ao suicídio. Desde então, diversas atividades são realizadas nesta data em todo o mundo.
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), implantaram em 2015 a campanha Setembro Amarelo, expandindo estas ações para todo o mês de setembro.
Quais são os fatores de risco e de proteção associados ao suicídio?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, aproximadamente 32 pessoas por dia cometem suicídio. Por isso, saber quais são os fatores de risco e de proteção que podem estar associados, ajuda a diminuir esse número.
Fatores de Risco:
– Ter histórico de suicídio na família;
– Conflitos familiares agudos;
– Morte de alguma pessoa próxima;
– Altos níveis de desesperança;
– Rejeição afetiva/social;
– Abuso físico ou sexual;
– Isolamento social;
– Desemprego, aposentadoria;
– Pouca flexibilidade para enfrentar adversidades;
– Algum tipo de transtorno mental como depressão, transtorno bipolar, dependência química, transtornos de personalidade.
Fatores de Proteção:
– Participação em atividades esportivas;
– Rede de apoio de familiares e amigos;
– Ambientes de trocas e conversas que ofereçam suporte em adversidades;
– Acesso ao sistema de saúde;
– Acompanhamento psicológico.
Como ajudar alguém com tendências suicidas?
Sabemos que a conscientização continua sendo o principal agente de prevenção ao suicídio. Mas como ajudar quem pensa ou já pensou em suicídio? Será que temos as informações necessárias para um manejo responsável? Aqui vão algumas dicas:
Evite falas moralistas e individualizantes.
O suicídio é um fenômeno multifatorial. Por isso devemos ter responsabilidade e consciência sobre tudo o que falamos a respeito disso. Precisamos nos atentar para não reduzir este fenômeno a fatores isolados e nem associá-lo à preconceitos ou aspectos morais.
Não patologize o suicídio
O suicídio não é doença! Ainda que haja uma relação do suicídio com alguns transtornos mentais, não podemos reduzir o sofrimento humano ao adoecimento mental. Nem toda pessoa em sofrimento intenso, e com comportamento suicida, possui transtorno mental, assim como nem toda pessoa que possui um transtorno mental apresentará um comportamento suicida.
Não minimize o sofrimento
Comparar ou questionar o sofrimento só contribui para que o tema seja um estigma social, prejudicando ainda mais o indivíduo. O que de melhor podemos fazer é ouvir e respeitar, sem julgamentos ou preconceitos.
Considere o sofrimento dos enlutados
Prevenir o suicídio também é cuidar daqueles que perderam um ente querido pelo suicídio. Dizer, por exemplo, que eles deveriam ter percebido ou que poderiam ter evitado, pode intensificar a culpa já vivida por alguns enlutados. Tome cuidado.
Onde e como buscar ajuda?
Se você, ou alguém que conheça, estiver em sofrimento intenso ou crise suicida, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV) no número 188 ou busque um serviço de atendimento em saúde mental mais próximo em sua região. No Sistema Público de Saúde indicamos a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
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