Outubro Rosa é uma campanha mundial que nasceu na década de 1990 nos Estados Unidos. Simbolizado pelo laço rosa, esse movimento tem o objetivo de estimular a participação popular no controle do câncer de mama, compartilhar informações sobre a doença, conscientizar a respeito do diagnóstico precoce e tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade.
O câncer de mama, assim como outras neoplasias malignas, é resultado da proliferação descontrolada de células anormais que surgem em decorrência de alterações genéticas, sejam elas hereditárias ou adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos. A multiplicação de células anormais forma um tumor com potencial para invadir outros órgãos.
É o segundo tipo de câncer com mais incidente no mundo (1,7 milhão). No Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o primeiro e mais frequente nas mulheres, sendo estimado 60 mil casos novos para cada ano, atingindo, também estimadamente, 56 casos a cada 100 mil mulheres.
Os fatores de risco incluem idade, primeira menstruação antes de 12 anos, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade (não ter tido filhos), exposição à radiação, terapia de reposição hormonal (principalmente por mais de cinco anos), obesidade, ingestão regular de álcool, sedentarismo, histórico familiar, entre outros.
Quando os sintomas aparecem, pode-se perceber um nódulo (fixo, endurecido e, geralmente, indolor) ou espessamento que pareçam diferentes do tecido das mamas, endurecimento da mama, desconforto ou dor em uma única mama que seja persistente, mudanças no mamilo (retração e desvio), secreção espontânea pelo mamilo, principalmente se for unilateral, pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, mudança no contorno das mamas (retração ou abaulamento), inversão, descamação ou ulceração do mamilo, pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.
Para uma melhor percepção das alterações, deve-se realizar o autoexame com a finalidade de conhecer as próprias mamas e detectar as modificações que venham a aparecer.
A detecção do câncer de mama é fundamental quando a doença ainda não se manifestou, pois quando diagnosticado e tratado ainda no início, a maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento. Na mamografia, o tumor pode ser detectado antes mesmo de ser identificado através da palpação, portanto, torna-se um exame imprescindível no diagnóstico da doença.
No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde, assim como da Organização Mundial da Saúde e de outros países, é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos.
Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco e decidir a conduta a ser adotada. Entretanto, o médico pode solicitar outros exames, como uma ressonância magnética e ultrassonografia, quando se trata de pesquisar nódulos em mamas densas.
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis.
Para prevenção, os médicos ressaltam:
- Praticar atividade física regularmente;
- Manter uma alimentação saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Amamentar, se estiver lactante.
Destaca-se também a importância de ações intersetoriais que promovam acesso à informação clara, consistente e culturalmente apropriadas.
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