A violência intrafamiliar atinge parte importante da população e repercute de forma significativa sobre a sociedade, sendo um problema de saúde pública relevante e um desafio para os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na realidade, as violências doméstica e infantil são questões de grande amplitude e complexidade, cujo enfrentamento envolve profissionais de diferentes campos de atuação, sendo necessária uma mobilização de diversos setores do governo e da sociedade civil.
Tal mobilização visa, em especial, fortalecer e potencializar as ações e serviços na perspectiva de uma nova atitude, compromisso e colaboração em relação ao problema.
Estudos realizados em vários países, demonstram que a ocorrência de violência doméstica atinge um entre cada quatro casais. Para dimensionar o problema no Brasil, a ONU afirma a ocorrência de mais de 205 mil agressões no período de um ano, sendo que 63% das vítimas de violência são mulheres, segundo informações colhidas nas Delegacias da Mulher.
Sobre a violência infantil, pesquisas afirmam que 80% ocorreram dentro de casa, e que as situações mais frequentes atingem crianças de zero a três anos, e de nove a 12 anos, sendo poucas as vítimas que recebem alguma forma de tratamento.
Lembrando que a violência intrafamiliar pode se manifestar de várias formas e com diferentes graus de severidade. Estas formas de violência não se produzem isoladamente, mas fazem parte de uma sequência crescente de episódios, do qual o homicídio é a manifestação mais extrema.
Pensando em toda essa realidade, precisamos refletir e conscientizar a população sobre o tema que é tão grave e incentivar a denúncia como forma de diminuirmos o crescimento dos casos.
A Central de Atendimento à Mulher (180) presta uma escuta e acolhida qualificada para mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAM), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher, em todo o território nacional. Também pode ser acessado em outros países.
Já a denúncia contra casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes funciona através da discagem do número 100 (Secretaria de Direitos Humanos), que recebe denúncias de forma rápida e anônima e os encaminha aos órgãos competentes no município de origem da criança ou do adolescente.
Um número que também é importante em todos os casos é o 190 (Polícia Militar), que deve ser acionado em casos de necessidade imediata ou socorro rápido.
As ligações são gratuitas em todo o território nacional, 24h por dia.
Se suspeitar de qualquer caso, não deixe de entrar em contato com os números informados. Sua denúncia será anônima e poderá salvar a vida de outra pessoa.
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