Entrar no vermelho todos os meses é o medo e a realidade da maioria das famílias brasileiras. Por isso, uma das formas de evitar esse cenário, é por meio do orçamento doméstico.
Com ele é possível controlar os gastos de forma mais clara e efetiva. Afinal, se você não sabe para onde vai o próprio dinheiro todos os meses, a chance de se endividar é altíssima.
Seguir um planejamento financeiro transparente evita estresses, mas principalmente diminui os riscos de ultrapassar os limites do orçamento familiar.
Por isso, separamos algumas sugestões para colocar em prática, com alguns passos simples e um planejamento financeiro eficiente. Confira:
Liste todos os gastos
Listar todos os gastos é parte essencial do orçamento doméstico. O passo inicial para a família é reunir todas as despesas de uma forma geral, incluindo:
- conta de luz;
- TV;
- Internet;
- IPVA;
- supermercado;
- IPTU;
- aluguel;
- condomínio;
- cinema;
- shows;
- jantares fora, e por aí vai!
Relacione todos os gastos fixos mês a mês, e se precisar, vá acrescentando as variáveis. Isso porque listando tudo, fica mais fácil fazer cortes e reconhecer em que ponto é possível economizar.
Organize seu planejamento entre despesas e receitas (fixas e variáveis)
Todo o orçamento contém despesas, assim como receitas fixas e variáveis. Através da diferença de receitas, menos despesas, você terá o valor exato de quanto está gastando, em detrimento ao que está recebendo.
Dentro de despesas fixas estão contas como:
- luz;
- aluguel;
- telefone;
- internet e etc.
Já nas despesas variáveis, se insere:
- comer fora;
- passeios;
- shows;
- presentes (tudo que não é fixo no orçamento mensal).
Em relação a receitas fixas estão:
- salário;
- prestação de serviços recorrente;
- pensões;
- aposentadorias e outros.
Nas receitas variáveis podemos considerar bônus, comissões, trabalhos esporádicos, entre outros.
Liste todas as entradas de renda
Saber exatamente de onde vem o seu dinheiro é o primeiro passo para o sucesso do orçamento doméstico. Isso porque listar todas as entradas de renda faz com que você tenha maior organização financeira. Portanto, liste toda renda fixa da família e vá revisando e acrescentando mês a mês qualquer receita variável.
Ter o controle do que se ganha é importante na construção do orçamento doméstico, entretanto, ter disciplina para manter o controle das despesas é fundamental. Uma vez que controlar tudo que entra e tudo o que sai do seu orçamento familiar, contribui para que você possa cortar gastos para sobrar dinheiro, evitando assim “ficar no vermelho” todos os meses.
Defina os limites de gastos
Estipular um limite do que se pode gastar no mês também colabora para que o orçamento doméstico dê resultado.
Por exemplo, se você tem uma receita familiar de 10 mil reais e sua despesa total é de 6 mil reais, você terá então 4 mil reais de sobra. Com isso, você sabe que tem uma receita disponível de 4 mil reais livres que podem ser investidos, guardados ou gastos de alguma forma planejada.
Essa conta parece simples, mas segundo uma Pesquisa de Orçamento Familiar recente feita pelo IBGE, a maior parcela do orçamento das famílias brasileiras é destinada ao pagamento de dívidas. Por isso, é tão importante contrapor as despesas (fixas e variáveis) com as receitas (fixas e variáveis), definindo assim seu limite de gastos mensal.
Escolha a forma de registrar e acompanhar o orçamento
De nada adianta ter todos os dados mentalmente se eles não estão visíveis para que a família possa analisá-los. Assim, é recomendável que sempre haja uma forma de organização e planejamento por escrito que ajude nessa rotina.
Independente do modelo, seja em planilhas desenhadas ou digitais, o importante é que literalmente você se encontre nele e consiga preenchê-lo e ajustá-lo de forma prática e rápida. Esses métodos de anotação e registro contribuem para que você amplie sua visão sobre cada gasto, detalhadamente.
Sabe aquele termo “tudo no papel”? É exatamente isso que uma planilha de orçamento doméstico tem por objetivo.
Faça a análise periódica dos gastos
A análise periódica de ganhos e gastos pode ajudar no estabelecimento de metas de curto, médio ou longo prazo. Isso porque tendo uma visão de quanto entra e quanto sai, você pode traçar objetivos e fazer cortes de orçamento.
Confira alguns exemplos que separamos de orçamento doméstico em curto, médio e longo prazo:
- Orçamento em curto prazo (1 ou 2 anos): reservar parte do seu orçamento para comprar um eletrodoméstico, uma viagem, um curso ou um presente para o filho.
- Orçamento em médio prazo (3 a 5 anos): juntar dinheiro para comprar um carro novo ou ingressar em algum curso de médio/longo prazo ou faculdade.
- Orçamento em longo prazo (daqui a 6 a 10 anos): guardar dinheiro para comprar uma casa, uma viagem longa internacional, casamento e viagens de lua de mel.
O orçamento familiar e o impacto na vida financeira
Elaborar um orçamento familiar parece bem complexo num primeiro momento, mas seguindo um passo a passo, ele se torna prático e efetivo na vida financeira da família
Com o orçamento doméstico fica mais fácil planejar:
- compras;
- gastos;
- investimentos;
- economias.
Com ele, há um controle e um gerenciamento maior e melhor do dinheiro, evitando gastos desnecessários e, principalmente, eliminando boa parte do estresse financeiro da família. Logo, tendo em vista o orçamento que se tem, diminuem as chances de se gastar por impulso e acima do limite do que a família tem disponível.
Desse modo, o orçamento familiar não é só uma ferramenta opcional da saúde financeira, mas objeto essencial para quem deseja sair ou evitar entrar no vermelho todos os meses.
Um dos pilares de serviços da C4Life é a Orientação Financeira. Se precisar de auxílio sobre o tema, clique aqui para conhecer nossa área de atuação ou entre em contato conosco!