Dependência química: quanto mais se conhece, mais se previne

A dependência química é o resultado de um distúrbio no qual o usuário de álcool, drogas ou medicamentos perde o controle sobre o uso ou consumo dessas substâncias.

O que muitas vezes começa como um hobby, um hábito ou uma simples aventura, pode se tornar uma prática abusiva e muito frequente, que gera impactos em diferentes esferas da sua vida, prejudicando as relações familiares, de trabalho e sociais, e por consequência, traz inúmeros malefícios psicológicos e até físicos.

Antes mesmo do usuário se encontrar neste estágio de vício é fundamental identificar quais questões levam essa pessoa a precisar de uma substância de forma tão obsessiva e compulsiva.

E ninguém melhor do que um psicólogo para tentar ajudar o paciente a entender quais são os reais motivos pela busca incessante por algo que o tire da realidade e acabe o levando para “um mundo novo de fantasia”.

O que causa a dependência química?

As causas específicas da dependência química ainda não são totalmente conhecidas. Mas, alguns estudos indicam fatores que influenciam diretamente no aumento do risco de alguém se tornar dependente.

A genética, por exemplo, costuma estar associada à predisposição em desenvolver uma dependência química, assim como o convívio com outra pessoa que influencie no abuso de substâncias.

A dependência química não costuma ocorrer a partir do primeiro contato com a substância. Para que se possa classificar como dependência, é preciso que o usuário passe por alguns estágios de consumo que variam de acordo com a droga.

Ainda que nem todos passem pelas mesmas fases ou tenham o mesmo ritmo, os passos até a dependência costumam ser:

  • Experimentação: ocorre no primeiro contato com a substância, que passa a ser usada esporadicamente;
  • Uso regular: a substância passa a ser usada com mais frequência, e em alguns casos há uma tolerância maior aos seus efeitos, o que faz com que a dose aumente;
  • Uso diário: a utilização da substância ocorre diariamente, até mais de uma vez ao dia, e passa a ser uma preocupação do usuário;
  • Dependência química: o usuário perde o controle sobre o uso da droga, há alterações psicológicas, físicas e comportamentais significativas, que trazem danos ao seu bem-estar e ao de quem faz parte de sua rotina.

Sintomas comuns da dependência química

Os sintomas da dependência aparecem de formas diferentes, de acordo com a substância que está sendo usada e com as características pessoais do usuário. No entanto, alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Perda de interesse em atividades que antes traziam prazer;
  • Preocupação com a droga, seja sobre como conseguir uma nova dose, seja com o próximo momento em que poderá usá-la;
  • Comprometimento do rendimento em atividades escolares ou de trabalho;
  • Sentimentos depressivos;
  • Sentimentos de ansiedade;
  • Gastos financeiros excessivos para adquirir a substância, incluindo aquisição de dívidas;
  • Sentimento de que uma vida sem a substância não é mais possível;
  • Influenciar outras pessoas a consumir;
  • Prejudicar as relações pessoais com aqueles que fazem parte da rotina, como família, amigos ou parceiros.

O consumo abusivo destas substâncias pode trazer muitos problemas, não apenas físicos, mas também psicológicos, tanto para quem usa, quanto para quem convive com o usuário.

Além disso, não é incomum que pessoas que perdem o controle do uso de substâncias químicas coloquem a si mesmas e aos outros em situações de risco, como ocorre ao dirigir sob efeito delas.

O uso frequente durante muito tempo pode também acarretar overdose e trazer sérios danos à saúde do usuário. Por isso, é fundamental que, o usuário com o suporte das pessoas queridas em sua vida, busque formas de controlar o problema, de tratar a questão, buscando se recuperar, desintoxicando-se.

Buscar a ajuda de um psicólogo é essencial para quem tem problemas de abuso de substância. Pois, um psicólogo capacitado pode fazer o aconselhamento apropriado, através do processo terapêutico, tanto do usuário, quanto da família, durante o processo de recuperação.

É tão importante o apoio da família quanto de profissionais.

Formas de tratamento e prevenção da dependência química

Algumas drogas são lícitas como o álcool e alguns remédios. O álcool apresenta no dependente, sérios prejuízos psicológicos e relacionais a longo prazo. No entanto, as drogas que são chamadas de ilícitas (como os psicoativos), caracterizam prejuízos psicológicos a curto prazo.

Entre as formas de tratamento que os empregadores podem utilizar para prevenir e cuidar da dependência química é a conscientização e disseminação de informação correta, em primeiro lugar. Investir em iniciativas de prevenção é manter a saúde social em conformidade com as diretrizes internacionais.

Em segundo lugar, reconhecendo o problema, a pessoa deverá ser indicada para o profissional da saúde, psicólogo, médico do trabalho ou assistente social. Mesmo que o consumo abusivo de drogas ainda seja alto e envolva as relações de trabalho, os profissionais de saúde ocupacional devem enfrentar a complexidade do problema de forma individual.

É importante e necessário que o dependente químico receba um tratamento adequado, ser atendido nas 3 esferas: psicológica, física e social. Por isso é preciso uma equipe multidisciplinar que o ajude a lidar com esse problema.

Neste caso, a psicoterapia também é indicada para tratamentos de dependentes químicos, cuja atuação multidisciplinar gera um acompanhamento profissional adequado ao indivíduo e à família.

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